"(...) Há um antigo provérbio dos índios norte-americanos Creee que vem sendo muito divulgado por ambientalistas: 'Haverá um tempo em que a Terra ficará doente. Quando isso acontecer, uma tribo se reunirá, vinda de todas as culturas do mundo. E, acreditando em ações, não em palavras, trabalhará para curar a Terra. Os membros dessa tribo serão conhecidos como rainbow warriors, os guerreiros do arco-íris.'
Já há grupos religiosos trabalhando na revisão desse foco de atenção direcionado, enfatizando a conscientização da sacralidade da vida refletida em toda a natureza que nos cerca, pois estamos todos a bordo da nave mãe Terra, e a decisão de lutar por ela nos impõe um dever sagrado. (...) A nossa sobrevivência futura depende das escolhas que fizermos agora e qualquer forma de religião não pode se furtar a esse compromisso com a vida.
Temos que mostrar gratidão diante do mistério da vida que recebemos. Pouco importa a concepção que tenhamos da divindade, da fonte de onde a vida brota. Não importa qual livro sagrado nos inspira ou que tradição seguimos. A sagrada natureza tem seus mecanismos próprio e se impõe. Pode ser a mãe que nutre, mantém e protege, mas poderá tornar-se uma força destruidora e educadora para seus filhos mais rebeldes e insensatos. Todas as religiões podem e devem colaborar. Chegarão novos instrutores para cada uma delas, mais afinados com a etapa exigida pelo mundo atual, e deverão trazer o olhar do sagrado para a Terra que nos mantém vivos. Ou não haverá futuro para humanos, animais, vegetais e religiões."
Regina Medina, Revista Sophia, Ano 16, Nº 75, pg. 14/15.