TRANSFORMAÇÃO INTERIOR

"Nós contatamos o mundo através da sensação. Todas as sensações são agradáveis ou dolorosas. Quando a sensação é agradável, a mente agarra-se a esta, nela se prendendo. O desejo é o produto, e este desejo permeia a mente e opera através da memória. Queremos que o desejo seja satisfeito repetidamente e não há fim nisso. Quando o desejo se faz sentir, o seu ardor impera, e a mente cai sob o seu fascínio; ela é escravizada pelo desejo. O desejo é infindável em sua escravização. Ele nos prende ao nosso passado, é repetitivo, fascina o nosso pensamento, impede a consciência de estar totalmente no presente. Não podemos dizer ‘não é isto’ até que nos coloquemos acima disso. O nosso pensamento está em um casamento desigual com o desejo, e isso é chamado de kᾱma-manas. Até que vejamos o seu processo e compreendamos as suas ilusões, não podemos mudar a nós mesmos.”

(N. Sri Ram - O Homem sua Origem e Evolução - Ed. Teosófica)

CONSCIÊNCIA NO DIA A DIA


“Reconhecer que tudo é divino muda tudo, pois acaba com a sensação de estar dividido e arrastado em mil direções, e estabelece um contexto para as atividades diárias. Meu próximo encontro não é com uma personalidade isolada, mas com uma expressão do divino. O e-mail que estou enviando é um movimento da consciência una a partir de si própria em direção a si própria, dentro de si própria. As contas que estou pagando são a circulação de um aspecto das energias infinitas da vida una. Sentir nosso caminho rumo a essa realização, encontrar maneira de nos lembrar dessa verdade fundamental acaba com a fixação no trabalho. A pessoa mentalmente ocupada vê a ação externa como externa e dividida mas, para a mente focada no interior, apenas uma coisa está acontecendo - a revelação do esplendor oculto dentro de todas as coisas.”

(Tim Boyd, Consciência no dia a dia, Revista Sophia, Nº 58, pg. 26)

A LEI DA HARMONIA UNIVERSAL

“Toda a natureza é harmonia. Não existem cores em desarmonia na natureza; somente as cores produzidas artificialmente podem ser desarmônicas. Um outro instrutor espiritual afirmou: ‘Com o farfalhar das folhas e o tamborilar da chuva, com o estrondo do trovão e o rugir da arrebentação, a natureza tece uma harmonia maravilhosa para acompanhar a canção da vida.’ A nossos olhos pode parecer haver discordância e conflito na natureza, mas aqueles que a estudaram de perto durante anos sabem que, na verdade, existe beleza e amor embutidos em tudo. É no mundo humano que o mal existe. Nenhuma criatura não-humana pratica a crueldade deliberadamente, nem a ganância. O desperdício não é encontrado fora da sociedade humana. Toda ação é inocente de egoísmo até que o estágio humano de evolução é atingido. (...)"

(Radha Burnier - A lei da harmonia universal - Revista Sophia, Ano 7, nº 28 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 12)

O QUE É O MAL?


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"A maioria das religiões ocidentais assume uma abordagem dualista para a grande questão do mal; elas dizem que o mal é uma força diferente do bem. De acordo com essa ideia, as pessoas têm de enfrentar uma tomada de decisão entre o bem e o mal. O ponto de vista religioso reconhece o perigo do mal, o seu poder antivida e a infelicidade e o sofrimento que ele traz. Por outro lado, existem também filosofias que afirmam que o mal não existe, que ele é uma ilusão. Ambos esses ensinamentos antagônicos expressam grandes verdades, mas a exclusividade com a qual eles as professam, no fim das contas, tornam falsas as suas verdades. De fato, negar a existência do mal é exatamente tão inverídico quanto acreditar que existem duas forças separadas, o bem e o mal. Você deve esforçar-se entre essas duas alternativas para encontrar a verdadeira resposta."

Eva Pierrakos e Donovan Thesenga, Não Temas o Mal, Ed. Pensamento Cultrix, São Paulo, 2006, pg. 139.

LIBERTAR-SE DO EGO

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"Todos temos que nos libertar do nosso Ego, o aparente e ilusório eu, para reconhecermos nosso verdadeiro Eu numa vida transcendental e divina. Para não sermos, porém, egoístas, devemos esforçar-nos para que outras pessoas vejam essa verdade, reconheçam a realidade desse Eu transcendental, o Budha, o Cristo ou Deus de todo pregador."

Meditações, Excertos de Cartas dos Mestres de Sabedoria, Coleção Teosófica, Vida Una, pg. 12.


O PODER DO MAGNETISMO

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"O magnetismo é uma força de atração, sustentação e expansão. O poder magnético é uma qualidade do Espírito. Ouvimos sempre alguém dizer: 'Oh, encontrei um amigo tão 'magnético' que me inspirou e expandiu minha consciência.' É essa força que todos desejamos possuir. Ela expande a consciência, ao contrário do magnetismo animal, que apenas a entorpece.
Toda mãe deveria ensinar a filha a atrair os outros unicamente pelo magnetismo espiritual e a revestir-se das qualidades magnéticas autênticas da sensatez, da compreensão, da solicitude, da presença de espírito, da cultura sólida e da eficiência em geral. O magnetismo espiritual atrai almas espiritualizadas. 

Paramhansa Yogananda, A Espiritualidade nos Relacionamentos, Ed. Pensamento, São Paulo, 2011, pg. 53.


A GRAÇA

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"'Em religião, há muita confusão sobre o tema graça. As pessoas pensam que Deus quer que Lhe agradem como uma condição por Ele imposta no sentido de atender às preces das pessoas. Estas imaginam Deus à sua imagem e semelhança, em vez de se aprofundarem na meditação a fim de descobrir de que modo é que elas foram criadas à Sua imagem.
'Deus não precisa favorecer ninguém! Sua graça não se baseia num gosto ou aversão pessoal. É verdade que Ele reage ao amor do fiel, mas esse amor também deve ser impessoal. Ele deve estar isento da motivação do ego.'"

Paramhansa Yogananda, A Essência da Autorrealização, Ed. Pensamento, São Paulo, 2010, pg. 109


CONHECE-TE A TI MESMO



"'Conhece-te a ti mesmo', sugeriu Sócrates.
Pouquíssimos conseguem. Aos demais, e somos quase todos, faltam coragem e firmeza.
Se tu quiseres tentar, prepara-te.
Não te zangues. Não te decepciones. Senão não te será possível saber que é falho, errado, tíbio, ignorante, vaidoso, hipócrita...
Tampouco esperes, desejes, planejes descobrir que és santo, bom, completo, valente, verdadeiro...
Somente quando aprendemos a não recusar reconhecer o que se for revelando, ocorrerá o milagre da libertação.
É proveitoso lembrar-nos de que ninguém é obrigado a ser o santo que imagina ser e o sábio que se supõe."

Hermógenes, Mergulho na Paz, Ed. Record, Rio de Janeiro, 1992, pg, 178.

OS SEGREDOS DA ENERGIA

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"Todos nós sabemos que, da menor pedrinha ao planeta inteiro, passando , pelas plantas, os mares, os vulcões, os animais e, com certeza, os seres humanos, todo o universo é formado por átomos. Os átomos são minúsculas partículas materiais que contém uma carga elétrica imaterial, positiva ou negativa, constituída pelos elétrons. Estes, executam ininterruptamente, trajetórias fechadas em torno do núcleo do átomo, semelhantes àquelas das órbitas que os planetas executam em torno do Sol. De fato, cada átomo é um mini sistema solar e cada ser humano tem centenas de milhares de átomos.
Além disso, como estão sempre em movimento, os elétrons vibram em ritmos variáveis, conforme sua vitalidade, e produzem assim um campo eletromagnético que representa uma força chamada 'energia'. A 'energia' é invisível, inodora, incolor, impalpável e, portanto, é a força da qual o universo surgiu, da qual ele é composto Pode-se afirmar que a energia é a vida.
A energia produz todas as materializações, quer se trate de florestas, de madeira, de plantas, de animais, de homens; resumindo, tudo que é material. Ela é responsável por forças como o vento, o relâmpago, as estações, as erupções vulcânicas, as marés. A energia gera também as emoções: o amor, o ódio, a alegria, o medo, a angústia, a felicidade, etc. A energia revela igualmente a vida, colore-a, ativa-a, anima-a, e a estimula; consequentemente, quando ocorre falta de energia, a vida parece murcha, insípida, aborrecida e entendiante. Não há vida sem energia, mas há graus de energia, níveis que flutuam em nós e em tudo o que é vivo, que cria condições diferentes tanto entre os humanos como entre os animais ou as plantas."

Joan P. Miller, O Livros dos Chacras, da Energia e dos Corpos sutis, Ed. Pensamento, pg.16

A NOSSA RESPONSABILIDADE PERANTE O UNIVERSO




"A verdadeira espiritualidade consiste também em estar cônscio de que se somos interdependentes de tudo e de todos, mesmo nosso menor e mais insignificante pensamento, palavra e ação têm consequências no universo. Atire uma pedra num laguinho. Ela causa um estremecimento que se estende por toda a superfície da água. As ondulações se fundem uma nas outras e criam mais ondulações. Tudo está inextricavelmente inter-relacionado: acabamos por perceber que somos responsáveis por tudo o que fazemos, dizemos, pensamos; somos responsáveis por nós mesmos, por todos e cada um, no universo inteiro."

(Sogyal Rinpoche - O Livro Tibetano do Viver e do Morrer - Ed. Palas Athena, São Paulo, 2000 - pg. 64)



O QUE ACREDITAMOS




"A crença proporciona entusiasmo? O entusiasmo pode se sustentar sem uma crença? Ele é minimamente necessário ou é um tipo diferente de energia, de vitalidade? A maioria de nós tem entusiasmo por uma coisa ou outra. Somos muito apaixonados, entusiasmados por concertos, exercícios físicos ou até por um piquenique. A menos que isso seja alimentado por uma coisa ou outra a todo momento, acaba desvanecendo e passamos a ter um novo entusiasmo por outras coisas. Há uma força autossustentável, uma energia que não depende de uma crença?

Outra questão é: necessitamos de algum tipo de crença? E, se isso for verdade, por que ela é necessária? Esse é um dos problemas envolvidos. Não necessitamos crer que a luz do sol existe, nem as montanhas e os rios. Não necessitamos crer que nós e nossos cônjuges brigamos. Não temos de crer que a vida é um mistério terrível, com sua angústia, conflito e constante ambição - isso é um fato. Mas exigimos uma crença quando queremos escapar de um fato para uma irrealidade."

(Krishnamurti - O Livro da Vida, Ed. Planeta do Brasil Ltda., São Paulo, 2016, pg. 56)


O AUTOCONTROLE






O autocontrole produz infelicidade a princípio porque separa a alma da gratificação prazerosa dos sentidos. No entanto, depois que o autocontrole amadurece, a alma começa a ter percepções mais delicadas e alegres, a fruir-se muito mais do que quando se identificava com os gozos sensuais. O devoto, temeroso da sensação de vazio, deve lembrar-se de que a renúncia não é um fim em si mesma, mas um meio para um fim. Ela nos ensina a transferir a atenção dos prazeres superficiais dos sentidos para os gozos mais profundos da alma."

(Paramhansa Yogananda, Como Ser Feliz o Tempo Todo, Ed. Pensamento Cultrix, São Paulo, 2012, pg. 50)


AS SEMENTES DO BEM E DO MAL



"Somente nós lançamos a semente do bem ou do mal. Somente nós forjamos, no passado, os grilhões que agora nos oprimem. Somente nós fomos os criadores de toda a beleza de toda a nobreza que atualmente florescem em nossos corações.

E quando, nos momentos sombrios da existência, sentirmos a mão da adversidade pesar fortemente sobre nossos ombros, não injuriemos a Divindade, não condenemos a ninguém, senão a nós mesmos, nos lembrando que uma lei de inalterável justiça governa o mundo, dando a cada um segundo as suas obras."

(E. Nicoll, A Lei da Ação e Reação (Karma), Sociedade Teosófica no Brasil, São Paulo, 3ª edição, 1960, pg. 17)