NATUREZA DA MENTE

 

                    

"O Gitã descreve uma estrutura da mente, um estado de espírito, que não é assim dividido e que é 'igual em relação a amigo e inimigo', 'o mesmo na honra ou na desonra', 'entre o êxito ou o fracasso'. Comumente, quando encontramos o êxito, prosseguimos alegremente e ficamos exultante e felizes, mas, quando encontramos problemas e derrotas, ficamos acabrunhados e deprimidos. No entanto, pode-se estar num estado de equilíbrio, que se origina da pura simplicidade de aceitar o que quer que seja e em fazer o que vale a pena ser feito em qualquer circunstância. É um estado da mente e do coração de extraordinária beleza, o que encara as coisas desta maneira.Esta equanimidade ou igualdade de espírito é descrita pelo Gitã como 'Yoga' - na verdadeira acepção da palavra um estado unificado. É este estado unificado que é o estado verdadeirmente natural em que a unidade do Espírito obtém e manfesta suas podetencialidades e harmonia.
Vemos diferenças em todas a parte na natureza. As diferenças que existem na natureza das coisas no campo da matéria são refletidas no campo da mente e das emoções e ali geram reações, enquanto ainda se encontram em um estado de inconsciência. O Gitã fala da liberdade dessas reações que são prazeres e desprazeres, paixões, avidez, ódio e inveja. Quando as reações cessam de existir, há um espírito de igualdade no coração das pessoas, boa vontade comum, preocupação e consideração em relação a todos, o elevado e o usual, o simples e o erudito e assim por diante. A natureza em que se manifeste esta mesma atitude é a natureza verdadeiramente espiritual."

N. Sri Ram, Em Busca da Sabedoria, Ed. Teosófica, Brasília, pg. 36/37

CAIM E ABEL


Caim e Abel

"Há dois tipo de seres humanos.
Uns que sacrificam os outros, visando exclusivamente a seu próprio lucro, vantagens, vitórias, ganhos, conquistas...
Outros, que por sabedoria e bondade, compaixão e nobreza, se sacrificam pelos demais.
Os primeiros são egoístas.
Os segundos, os santos e sábios.
Posso garantir-lhe uma coisa:
Os primeiros se iludem pensando que são felizes; os últimos verdadeiramente o são.

Que possa eu amar e servir sempre a todos, em tudo. Que possa tornar-me instrumento da Providência."

Hermógenes, Deus investe em você, Ed. Nova Era, pg. 89/90. 


LIBERDADE DE OPOSTOS




"A expressão ‘Caminho do Meio’, usada nos ensinamentos budistas, foi interpretada como um caminho da vida que evita os excessos do ascetismo e da automortificação de um lado, e a indulgência na busca de prazeres na luxúria, de outro. Possivelmente Buda referiu-se às condições que havia na Índia no Seu tempo e usou a expressão principalmente com referência a elas. Mas ela é susceptível de um significado muito mais amplo. Os extremos mencionados representam um par de opostos. O Gitᾱ menciona outros e fala no transcender de todos os pares de opostos. Cada oposto em qualquer par realmente produz o outro. Este fato é destacado por Platão em um dos Diálogos. Uma pessoa que irá a um extremo, após algum tempo, tenderá a deslocar-se ao extremo oposto. A partir de uma ação violenta, que com certeza experimentar-se-á, surgirá uma repercussão que levará na direção oposta. Com efeito, cada oposto sutilmente oculta a natureza do outro.
Tomemos um exemplo: o tipo de coragem que é induzido na pessoa pela autossugestão ou pela simulação de um semblante exageradamente destemido, realmente constitui uma máscara de medo, no seu íntimo você se reveste de ares que sugerem o oposto do medo. Essa coragem aparente não dura muito."


(N. Sri Ram - Em busca da Sabedoria – Ed. Teosófica, Brasília, 1991 - p.32/33)

OLHAR PARA O NOSSO INTERIOR


Frases Sobre Beleza Interior. Você É Mais do Que Um Rosto!


"Olhar para o interior exige de nós grande sutileza e coragem - nada menos que uma mudança completa em nossa atitude em relação à vida e à mente. Estamos de tal modo viciados em olhar para fora de nós mesmos, que perdemos quase por completo o acesso ao nosso interior. Ficamos apavorados com a ideia de olhar para dentro, porque nossa cultura não nos dá a mais vaga ideia do que encontraremos. Podemos até pensar que se o fizermos corremos o risco de enlouquecer. Esse é um dos últimos e mais engenhosos estratagemas do ego para evitar que descubramos nossa verdadeira natureza."


Sogyal Rinpoch, O Livro Tibetano do Viver e do Morrer, Ed. Palas Athena, pg. 80.


VERDADE OU IMAGEM DA VERDADE?




"Viver uma vida de verdade não consiste meramente em falar a verdade. Pretender ser aquilo que não somos é tão corruptivo quanto a inverdade no discurso. Em nosso coração precisa reinar o amor genuíno pela verdade. Somente podemos ser integralmente verdadeiros se valorizarmos a verdade e atribuirmos importância a ela em nossa vida e pensamento, ou então precisamos estar tão plenos de amor que não podemos nutrir o menor desejo de enganar. Quando vivemos uma vida de verdade, começamos a amar o próprio sentimento de sermos verdadeiros, e toda a nossa natureza assume uma forma que se harmoniza com a verdadeira natureza das coisas. O mero conhecimento não criará esta harmonia. O amor pelo conhecimento não é o mesmo que o amor pela verdade, sem a qual não há possibilidade de sabedoria.
Esta é a era da propaganda para diferentes finalidades. A tentativa da propaganda é sempre a de construir uma imagem atraente. A palavra 'imagem'  está muito em voga atualmente, porque as pessoas se preocupam não com a verdade, mas com o êxito e a imagem que está sendo apresentada. Existe uma tentativa para criar uma imagem da própria pessoa ou de outros, seja como presidente, líder, instrutor religioso, candidato, etc. Também é criada uma imagem dos produtos para que as pessoas os adquiram. Todos os especialistas em pubicidade buscam criar na mente dos leitores de jornais e revistas, ou através da televisão e cartazes uma imagem que fará com que as pessoas se deixem levar pelos objetos que estão sendo anunciados. Mas a imagem é apenas um fantasma, uma aparência, e a menos que ela reflita o que realmente é, a atração criada será uma atração falsa.
Se a humanidade, ou qualquer parte dela, tiver de progredir em qualquer medida real, isto apenas poderá ser feito por uma mudança verdadeira, através de forças que geram melhoria nas mentes das pessoas, nos seus gostos, nas suas visões, valores e comportamentos, e não através de criação de ilusões prazeirosas e atribuições de virtudes imaginárias a homens ou objetos, seja para lucro, para fins tirânicos ou de glória. (...)"


(N. Sri Ram - Em Busca da Sabedoria - Ed. Teosófica, Brasília, 1991 - p. 25/27) 

A VERDADE É ENCONTRADA DE MOMENTO A MOMENTO


Dever da Verdade versus o Direito de Mentir

"A verdade não pode ser acumulada. O que é acumulado está sempre sendo destruído, definha. A verdade nunca pode definhar porque só pode ser encontrada de momento a momento no pensamento, no relacionamento, na palavra, no gesto, em um sorriso, nas lágrimas. Se conseguirmos encontrar a verdade e vivê-la - a própria vida é a descoberta dela -, então não nos tornaremos propagandistas, nos tornaremos seres humanos criativos - não seres humanos perfeitos, mas criativos, o que é algo totalmente diferente."

Krishnamurti, O Livro da Vida, Ed. Planeta do Brasil Ltda., São Paulo, pg. 250.


O ÚNICO DECRETO DO KARMA


Transmutação do karma: o que é e como fazer a oração - WeMystic Brasil


"O único decreto do Karma, um decreto eterno e imutável, é a absoluta harmonia no mundo da matéria tal como ocorre no mundo do Espírito. Portanto, não é o Karma que recompensa ou pune, mas somos nós que recompensamos ou punimos a nós mesmos, segundo trabalhemos com a Natureza, através dela e como companheiros dela, submetendo-nos às leis de que depende aquela harmonia, ou infringindo-as."

H. P. Blavatsky, Momentos de Sabedoria, Ed. Teosófica, pg. 166/167.


EVOLUÇÃO DA HUMANIDADE

 Use Creative Visualization To Imagine Your Ideal Life

"Se a humanidade, ou qualquer parte dela, tiver de progredir em qualquer medida real, isto apenas poderá ser feito por uma mudança verdadeira, através de forças que geram melhorias nas mentes das pessoas, nos seus gostos, nas suas visões, valores e comportamentos, e não através da criação de ilusões prazeirosas e atribução de virtudes imaginárias a homens ou objetos, seja para lucro, para fins tirânicos ou de glória."

(N. Sri Ram, Em Busca da Sabedoria, Ed. Teosófica, pg 26

CARMA E CONDUTA


O que é karma e como ele pode influenciar sua vida?


"A nossa norma de conduta não deve consistir em apenas proceder bem, mas, ao mesmo tempo, em pensar corretamente.
Assim como pode ver-se um efeito mecânico no plano físico, o clarividente vê as reações dos pensamentos e sentimentos no plano astral e no mental.
O homem evolui pela prática do Bem, que faz desenvolver o corpo causal e os princípios superiores, imortais."

Alberto Lyra, O Ensino dos Mahatmas, IBRASA, São Paulo, pg. 59/60.


O HOMEM PUNE A SI PRÓPRIO QUANDO LHE FALTA FÉ



“É uma incoerência pensar que Deus condene como pecadores aqueles que não creem. Uma vez que o Próprio Senhor habita em todas as criaturas, a condenação significaria Sua própria e completa ruína. Deus jamais pune o homem por não acreditar Nele; é o homem que pune a si próprio. Se alguém não acreditar no dínamo e corta os fios que conectam sua casa àquela fonte, ele se priva das vantagens da energia elétrica. Da mesma forma, rejeitar a inteligência que é onipresente em toda a criação significa negar à consciência o seu vínculo com a Fonte de sabedoria divina e o amor que possibilita o processo de ascensão ao Espírito.” 

Paramahansa Yogananda, A Yoga de Jesus, Ed. Self-Realization Fellowship, pg. 72.



AMOR E ÓDIO


Seja como a Flor de Lótus: renasça a cada dia diante da ...

"Enquanto a vitória do Amor é permanente, definitiva, a do ódio é sempre temporária e sempre acarretará consequências cármicas correspondentes porque, já o Senhor Buda o disse: 'O ódio não se extingue com o ódio e sim com o amor'. Não se neutraliza o fogo com fogo...
É preciso dirigir as mentes para o amor, para a paz, e não para a luta, para o ódio, para a agressão, pois se se aplicar o 'Si vis pacem bara bellum' (Se quereis a paz, aparelhai-vos para a guerra) é lógico que as mentes estarão se dirigindo para a guerra, semeando desconfianças, receios, ódios, preparando morticínios."

Alberto Lyra, O Ensino dos Mahatmas, IBRASA, São Paulo, pg. 204.


DISSOLVENDO O SOFRIMENTO


a importância de viver o agora

      "A maior parte do sofrimento humano é desnecessária. Ele se forma sozinho, enquanto a mente superficial governa a nossa vida. O sofrimento que sentimos neste exato momento é sempre alguma forma de não aceitação, uma forma de resistência inconsciente ao que é.

     No nível do pensamento, a resistência é uma forma de julgamento. E escapar do agora no nível emocional, ela é uma forma de negatividade. O sofrimento varia de intensidade de acordo com o nosso grau de resistência ao momento atual, e isso, por sua vez, depende da intensidade com que nos identificamos com as nossas mentes. A mente  procura sempre negar e escapar do Agora.

        Em outras palavras, quanto mais nos identificamos com as nossas mentes, mais sofremos. Ou ainda, quanto mais respeitamos e aceitamos o Agora, mais nos libertamos da dor, do sofrimento e da mente egoica.

        Alguns ensinamentos espirituais dizem que todo sofrimento é, em última análise, uma ilusão, e isso é verdade. A questão é se isso é uma verdade para você. Acreditar simplesmente não transformar nada em verdade. (...)"

(Eckhart Tolle, Praticando o Poder do Agora, Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2016, pg.71


A VERDADEIRA ESPIRITUALIDADE


Serenidade...

"A verdadeira espiritualidade consiste também em estar cônscio de que se somos interdependentes de tudo e de todos, mesmo nosso menor e mais insignificante pensamento, palavra e ação têm consequências no universo. Atire uma pedra num laguinho. Ela causa um estremecimento que se estende por toda a superfície da água. As ondulações se fundem uma nas outras e criam mais ondulações. Tudo está inextricavelmente inter-relacionado: acabamos por perceber que somos responsáveis por tudo o que fazemos, dizemos, pensamos; somos responsáveis por nós mesmos, por todos e cada um, no universo inteiro."

Sogyal Rinpoch, O Livro Tibetano do Viver e do Morrer, Ed. Palas Athena, pg. 64.