DIFERENÇA DA LUZ ASTRAL E AKASHA

 

      Dando continuidade ao tema dos sonhos, H. P. Blavatsky, diferencia o papel da luz astral com o Akasha em relação à memória. Muito se ouve falar nos dois termos. Portanto, aproveitamos o tema que estamos trabalhando e dentro do contexto, temos também a definição desses termos: luz astral e Akasha.

       Anteriormente já ficou explicado que "sonhos são na realidade as ações do Ego durante o sono físico". 

    



    "P: Que relação a luz astral e o Akasha têm com a memória?

     R: A luz astral é o 'bloco de memória' do homem animal, e o Akasha é o 'bloco de memória' do Ego espiritual. Os 'sonhos' do Ego, assim como os atos do homem físico, são todos registrados, já que ambos são ações baseados em causas e produzem resultados. Os nossos 'sonhos' são simplesmente o estado de vigília e as ações do nosso verdadeiro Eu, e devem, naturalmente, ser registrados em algum lugar. (...)

   P: O que é na realidade a luz astral?

  R: Segundo a filosofia esotérca nos ensina, a luz astral é simplesmente o conjunto de sedimentos ou detritos do Akasha ou Ideação Universal no seu sentido metafísico. Embora invisível, ela é, digamos assim, a radiação fosforescente do Akasha, e constitui o meio intermediário entre o Akasha e as funções pensantes do homem. São essas funções que poluem a luz astral e fazem dela o que é, o reservatório de todas as injustiças humanas, especialmente injustiças psíquicas. Na sua origem primordial, a luz astral como uma radiação é completamente pura, embora quanto mais baixo ela desça, aproximando-se da nossa esfera terrrestre, mais ela se diferencie e se torne, consequentemente, impura em sua própria constituição. Mas o homem ajuda consideravelmente nessa poluição, e deixa sua essência em uma situação bem pior do que estava quando recebeu.

    P: Mas as nossas mentes não recebem a sua luz diretamente de Manas Superior, através de Manas inferior? E Manas Superior não é a emanação pura da Ideação divina?

   R: (...) Se as personalidades (Manas inferior e mentes físicas) fossem inspiradas e iluminadas apenas pelos seus alter Egos superiores, haveria poucos pecados nesses mundo. Mas isso não ocorre; e ao ficar enredadas nas malhas da luz astral, as personalidades se separam mais e mais dos seus pais, os Egos. (...) Esse espaço imaginário, no entanto, no qual são impressas as incontáveis imagens de tudo que já existiu, tudo o que existe e tudo o que existirá, é apenas uma realidade muito triste. Ele se torna, no homem, e para ele, se ele for pisquicamente sensitivo em algum medida - e quem não é? -, um Demônio tentador, o seu 'anjo do mal' e o inspirador de seus piores atos. Ele influencia até a vontade do homem que dorme, através das visões registradas no seu cérebro adormecido (visões que não devem ser confundidas com os 'sonhos'),  e esses germes produzem seus frutos quando ele acorda."

Helena Petrovna Blavatsky, Questões Psicológicas na Ótica Teosófica, Produção independente Projeto Pioneiros, distribuição Editora Teosófica, Brasília, pg. 104.