INTERRELAÇÃO DO CAMPO EMOCIONAL

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(...) Nunca estamos isolados, a não ser que o façamos deliberadamente; sempre podemos alcançar outra pessoa através dos nossos sentimentos, mesmo quando as palavras são inúteis para a comunicação. Esse tipo de partilhar é possível porque nosso campo pessoal acolhe com simpatia os de outras pessoas. Tudo e todos participam do campo emocional universal.  De que forma nossos próprios sentimentos, para nós tão profundamente pessoais, interagem com esse campo maior das emoções? Nossos sentimentos são de tal forma parte de nossa natureza que temos dificuldade em perceber que não apenas afetam as vidas daqueles que nos cercam, como também modificam, imperceptivelmente, o campo emocional como um todo. Entretanto, se refletirmos a respeito de nossas próprias relações interpessoais - não somente na família, mas também na vida social e profissional -, perceberemos como essa influência pode crescer. Nossa reação às pessoas das quais gostamos instintivamente, bem como às que não gostamos, costuma resultar de nossa interação no nível emocional. A aura de cada pessoa é um composto de características emocionais, às quais nossos próprios sentimentos reagem. Naturalmente, via de regra nos equivocamos em tais julgamentos rápidos, porquanto as reações emocionais se baseiam antes na compatibilidade do que no caráter, mas a força da interação é real.  Como o campo emocional é um sistema aberto, pode dar-se, em graus variáveis, a interação com os campos daqueles que nos cercam. Digo em graus variáveis porque alguns de nós somos mais sensíveis do que outros. Essas pessoas sensitivas assimilam parte da energia emocional que o outro indivíduo está sentindo, de forma a existir uma troca emocional sem que seja dita uma só palavra. Algumas pessoas sentem a emoção de outra sem conseguir interpretá-la claramente; por conseguinte, podem entender mal sua causa. Por exemplo, podemos estar em contato com uma pessoa transtornada por alguma razão sem nenhuma relação conosco, e, no entanto, sentimos os efeitos da perturbação. Frequentemente, as pessoas são prejudicadas ou encolerizadas por esse tipo de equívoco. Se essa situação persistir, poderá resultar em medo de interagir com outras pessoas. 

Dora van Gelder Kunz, A Aura pessoal, Ed. Pensamento,pg. 45/46