PADRÕES EMOCIONAIS


Você e sua aura - CompraZen

Ondas repentinas de emoções intensas, tais como o medo ou a raiva, podem impregnar temporariamente a aura do topo até a base, mas tais sentimentos, em geral, desaparecem sem modificar a configuração total das emoções. Contudo, quando as pessoas se deixam dominar por desgosto ou depressão prolongados, isso pode obscurecer suas emoções habituais durante um período de tempo considerável, consumindo e exaurindo suas energias emocionais.  Segundo a minha experiência, descobri que a maioria de nós não tem consciência do quanto somos afetados por aquilo que habitualmente pensamos e sentimos. Em geral, acreditamos que apenas nossas ações físicas trazem consequências. Embora, de certo modo, isso seja verdade, sob outro ponto de vista os pensamentos e sentimentos são ações que também têm suas consequências - desta vez, em termos de nossas próprias personalidades. Quando analiso a aura de uma pessoa, vejo muito claramente os resultados de tais respostas internas. Isso implica que, de um momento para o outro, somos aquilo que vivenciamos e a forma como reagimos a tal experiência. Essa maneira de ver a nós mesmos difere bastante da atitude determinista que assevera ser a personalidade o resultado de uma combinação de fatores genéticos e condicionamento. Isso significa que podemos mudar e realmente mudamos à medida que alteramos as respostas habituais às situações de nossa vida.  Nós mesmos somos influenciados e modificados por aquilo que pensamos e sentimos, e nossos pensamentos e sentimentos, por sua vez, são sensíveis a nossa experiência. Existe alguma verdade na máxima 'penso, logo existo', enquanto não no sentido originalmente pretendido. Não é que nossa existência dependa do nosso pensamento, mas, sim, que os pensamentos que nos são habituais gradualmente conformam e modelam o nosso caráter. Mas isso não é tudo, pois podemos ter o controle do processo, se quisermos. 'Sou, logo penso e sinto, e o que penso e sinto revela aquilo que sou', talvez se aproximasse mais do padrão, pois o movimento é recíproco.

  Dora van Gelder Kunz , A Aura Pessoal, Ed. Pensamento, São Paulo, pg. 55