"A aura é delgada nas bordas, fundindo-se gradualmente com o campo geral, de modo
que as emoções fluem livremente para o exterior.(...)
Isto é ocasionado pelo
fato de a enfermidade drenar-lhes de tal forma as energias que essas pessoas não podem
mais relacionar-se com os demais fácil e espontaneamente. Costumam fazer-me uma
pergunta de difícil resposta: o que mantém a coesão da aura humana, impedindo-a de
dissipar-se no campo astral geral? Só posso dizer que, creio eu, a aura é conservada da
mesma maneira que o corpo físico durante a vida: pela presença do self, o princípio ou
centro de integração tanto dos sistemas físicos do corpo quanto das dimensões superiores
da consciência.
Sem dúvida, quando a consciência se afasta, por ocasião da morte, o corpo físico
desintegra-se rapidamente - e a aura desaparece. Ainda que não admitamos a presença ou
ausência do self, mesmo assim teremos de reconhecer que algum fator integrador
desaparece, sem o qual o corpo perde a sua coesão e sucumbe. Conquanto a escala de
tempo seja muito diferente, a situação com respeito ao corpo astral ou aura é similar, pois
esta persiste após a morte, desintegrando-se gradualmente apenas quando o self (ou alma)
se retira para estados superiores de consciência.
Costumam perguntar-me também se a aura está sujeita à força de gravidade ou ao
campo magnético da Terra. Estas são perguntas difíceis, e posso apenas dizer que, se tais
efeitos existem, é porque, creio eu, a aura está ligada ao corpo físico, suscetível a essas
forças. Sem dúvida, a aura tem uma direcionalidade: ela tem a parte superior e a inferior, e
existe uma diferença entre os lados interno e externo, bem como entre a porção dianteira
e traseira - mas, novamente, neste caso, o corpo físico é o fator determinante. Além do
mais, creio que o princípio de ressonância já mencionado é importante na composição e
coesão da aura, bem como em sua relação com os níveis mental e intuitivo. E a ressonância
resulta do fato de que a frequência vibratória do campo emocional reage harmonicamente,
ou empaticamente, aos estados de energia de todos os outros campos."
Dora van Gelder Kunz, A Aura Pessoal, Editora Pensamento, São Paulo, pg 51