“Em Viveka-Chudamani (Viveka Chudamani – A Joia
Suprema da Sabedoria, Editora Teosófica, 1991) de Sankaracharya, é dito que nascer como ser humano é um
extraordinário privilégio. Inumeráveis encarnações devem ter passado em vários
tipos de corpos, em diferentes níveis de evolução, antes do nascimento do reino
humano.
Para
nós parece terrível que isso leve tantas eras no tempo, mas o tempo não é
problema para as criaturas fora do reino humano. Elas vivem e morrem
naturalmente sem se preocuparem com o tempo. Mas no estágio humano, um novo
tipo de energia é necessário para fazer o progresso interno.
O
sofrimento é uma maneira de aprender. O karma regula o processo. Mas esse não é
o real aprendizado; o sofrimento apenas torna a consciência vagamente ciente de
uma necessidade interna. Assim, o processo é lento, e durante um longo tempo o
sofrimento e o confuso aprendizado continuam, durante a transição entre a
atividade inconsciente do estágio pré-humano e a existência consciente do ser
humano.
A
energia que pavimenta o caminho para a sabedoria é a reflexão, qualidade
especialmente humana, segundo Teilhard de Chardin. (...)"
(Radha Burnier, A Reflexão nos Torna Humanos, Revista
Theosophia, publicação da Sociedade Teosófica no Brasil, Ano 95, jan/fev/março
2006, p.11/12)