O MUNDO SUPERIOR


Hermetismo » O Plano Astral

"Há um lado oculto do nosso mundo físico em um segundo e mais elevado sentido que é bem conhecido de todos os estudantes de Teosofia, pois muitas exposições se têm feito e muitos livros foram escritos para tentar descrever os planos astral e mental – os mundos invisíveis que interpenetram este com o qual todos nós estamos familiarizados e formam, sem dúvida, a sua parte mais importante. (...)
Dizem os físicos modernos que a matéria é interpenetrada pelo éter – substância hipotética à qual eles atribuem numerosas qualidades, aparentemente contraditórias. O ocultista sabe que há muitas variedades dessa matéria sutil interpenetrante, e que algumas das qualidades a ela atribuídas pelos cientistas não lhe pertencem absolutamente, mas à substância primordial de que ela é a negação. (...)
Ao tipo que está mais próximo do mundo físico, os estudantes de ocultismo deram o nome de matéria astral; o tipo imediatamente acima foi chamado mental, porque, com a sua textura, é formado o mecanismo da consciência, aquilo que comumente se denomina mente humana, havendo ainda outros tipos mais sutis, dos quais não nos ocuparemos por enquanto. Deve estar presente ao nosso raciocínio que em toda porção de espaço coexistem todos esses diferentes tipos de matéria. É um postulado científico de ordem prática que, até mesmo nas mais densas formas de matéria, duas partículas jamais se tocam, mas cada uma flutua, isolada, no seu campo de éter, como um sol no espaço. De modo exatamente igual, cada partícula do éter físico flutua em um mar de matéria astral, e cada partícula astral flutua, por sua vez, em um oceano mental; assim, todos esses mundos paralelos não necessitam de mais espaço do que aquele nosso conhecido fragmento, porque em verdade são todos eles partes de um mesmo mundo. 
O ser humano tem dentro de si a matéria desses graus sutis; e, aprendendo a focar nela, sua consciência, em vez de somente no cérebro físico, pode chegar a conhecer aquelas partes internas e superiores do mundo, e, assim, adquirir bastante conhecimento do mais profundo interesse e valor. (...)"

LEADBEATER, C. W., O Lado Oculto das Coisas, Editora Teosófica, pg. 34/35