NATUREZA DA MENTE

 

                    

"O Gitã descreve uma estrutura da mente, um estado de espírito, que não é assim dividido e que é 'igual em relação a amigo e inimigo', 'o mesmo na honra ou na desonra', 'entre o êxito ou o fracasso'. Comumente, quando encontramos o êxito, prosseguimos alegremente e ficamos exultante e felizes, mas, quando encontramos problemas e derrotas, ficamos acabrunhados e deprimidos. No entanto, pode-se estar num estado de equilíbrio, que se origina da pura simplicidade de aceitar o que quer que seja e em fazer o que vale a pena ser feito em qualquer circunstância. É um estado da mente e do coração de extraordinária beleza, o que encara as coisas desta maneira.Esta equanimidade ou igualdade de espírito é descrita pelo Gitã como 'Yoga' - na verdadeira acepção da palavra um estado unificado. É este estado unificado que é o estado verdadeirmente natural em que a unidade do Espírito obtém e manfesta suas podetencialidades e harmonia.
Vemos diferenças em todas a parte na natureza. As diferenças que existem na natureza das coisas no campo da matéria são refletidas no campo da mente e das emoções e ali geram reações, enquanto ainda se encontram em um estado de inconsciência. O Gitã fala da liberdade dessas reações que são prazeres e desprazeres, paixões, avidez, ódio e inveja. Quando as reações cessam de existir, há um espírito de igualdade no coração das pessoas, boa vontade comum, preocupação e consideração em relação a todos, o elevado e o usual, o simples e o erudito e assim por diante. A natureza em que se manifeste esta mesma atitude é a natureza verdadeiramente espiritual."

N. Sri Ram, Em Busca da Sabedoria, Ed. Teosófica, Brasília, pg. 36/37