TEOSOFIA NO LAR (2)

 

    Dando continuidade aos textos de C. Jinarajadasa, sobre como podemos aplicar o conhecimento teosófico no convívio familiar, vimos anteriormente que o lar é um encontro de almas e que todos os integrantes, inclusive os animais domésticos já estão dentro de um contexto prévio. E a responsabilidade dos pais em conduzir a criança através de diversas experiências para  alcançar o seu desenvolvimento.

    E hoje, veremos como essa condução pode ser feita, para que os pais cumpram a sua nobre missão de ajudar no desenvolvimento de uma alma que lhe foi confiada.


    Isso precisa ser feito, em primeiro lugar criando um ambiente favorável a uma vida sadia; é dever dos pais conhecerem as regras de higiene e salubridade, para que as condições físicas da criança possam ser as mais perfeitas possíveis. Em seguida, os pais deve prover uma atmosfera emocional e mental que ajude a criança. A alma da criança não é perfeita; ela vem de vidas anteriores nas quais tanto foi má quanto boa; portanto, ao voltar a um novo nascimento na Terra já existm nela as duas tendências.
     Mas os pais podem ajudar a evolução da criança, fazendo-a recordar, nos primeiros anos de sua infância, apenas as experiências boas e caridosas e não as más e cruéis. É verdade que a alma deve erradicar o mal em si apenas através de sua própria ação; mas os outros podem facilitar essa tarefa por meio de sua influência, especialmente quando a alma que necessita de auxílio começa uma nova vida como criança, enfatizando o seu lado bom e não o mau.
      Portanto os pais devem compreender a invisível força do pensamento e da emoção, saber como um pensamento de cólera, por exemplo, manifestado ou não, alimenta as sementes da ira que a criança tenha trazido de suas vidas passadas, enquanto que pensamentos de amor e carinho destroem os germens do mal e, ao mesmo tempo, alimentam as sementes do bem. Uma alma possuidora de tendências boas e más pode principiar a sua nova experiênxia de vida sendo uma criança muito boa em vez de má, se os pais alimentarem nela bons pensamentos e sentimentos em vez de maus."

continua....
 

C. Jinarajadasa, Teosofia Prática, Editora Teosófica, 2012, pgs. 14