TEOSOFIA NO LAR (3)

 

    Este livro que estamos estudando, Teosofia Prática, é resultado de palestras proferidas em Chicago em 1910 e posteriormente em Burma, na Convenção anual de 1914, por C. Jinarajadasa, o qual foi eleito Presidente da Sociedade Teosófica em 1945.

Essas informações são importantes para nos situarmos na época em que essas palestras foram escritas e que, os hábitos, costumes e valores de vida eram difernetes dos de hoje.

Porém, determinados valores de conduta moral em relação à vida humana, o respeito às leis que regem a natureza e aos demais membros de uma sociedade, são pétreas, isto é, não mudam ao sabor de algum modismo.

O entendimento de que uma alma quando chega à encarnação deva ser "agasalhada" por seus pais e demais membros da família, permanece, pois ela depende totalmente dessas pessoas que formam esse núcleo familiar. E dessa forma, os pais estarão colaborando com o Plano de Evolução. 




        "Embora seja dever dos pais rodearam as crianças de tudo o que possa desenvolver a bondade e a beleza, não se pode responsabilizá-los obrigatoriamente, se apesar dessas precauções, alguma criança manifestar tendências malignas. Pode acontecer que a alma da criança possua germens do mal demasiadamente poderosos para serem dominados; neste caso, os pais somente devem tentar guá-la, mas, se ela não aceitar, não se pode fazer outra coisa senão deixá-la seguir o seu caminho. A alma aprenderá por meio dos seus erros e dos sofrimentos que eles resultarem, tanto para si como para os que a rodeiam. Se os pais cumpriram seu dever, fizeram tudo o que o Plano Divino esperava deles; não lhes é possível fazer ou desfazer a natureza de uma alma, porque compete a ela mesma trabalhar por sua própria salvação. Um erro não é uma calamidade tão grande como pode parecer, já que uma alma não tem apenas uma vida para corrigir-se, mas várias.

        O Plano Divino proporciona à alma tantas oportunidades quantas forem necessárias, para que finalmente adquira força e virtude. Portanto, nenhum pai que tenha cumprido o seu dever, pode considerar-se culpado se a criança não corresponder aos ideias da virtude. As oportunidades que a criança recusa, surgirão novamente, mas apenas depois que ela aprender, através do sofrimento, a aproveitá-las. O que os pais deverão fazer sempre nessas circunstâncias é não considerar a alma somente pelos seus fracassos, aumentando assi suas debilidades, mas pensar em suas virtudes, e assim reforçá-las."

continua.....

C. Jinarajadasa, Teosofia Prática, Editora Teosófica, 2012, pgs. 14