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"Mas quando chegamos à moldagem do corpo no plano físico, um novo elemento aparece. No que diz respeio à Mônada, o trabalho é o mesmo. Ela vivifica o núcleo físico - o átomo físico permanente - e ele age como um ímã tal como seus parceiros. Mas agora é como se um homem interferisse na atração e organização da matéria em um campo magnético; o elemental, encarregado de moldar o duplo etérico segundo o modelo fornecido pelos Senhores do Karma, assume o controle do trabalho. Os materiais, na verdade, podem ser reunidos tal como um operário carregaria os tijolos para a construção de uma casa, mas o construtor pega os tijolos, aceita-os ou rejeita-os, e usa-os segundo o plano do arquiteto.
E surge a questão: por que essa diferença? Por que, ao chegar ao plano físico, onde poderíamos esperar uma repetição dos processos anteriores, um poder estranho deve assumir o controle da construção, retirando-o das mãos do dono da casa? A resposta está na atuação da Lei do Karma. Nos planos superiores, as vestes expressam tanto do homem quanto ele tenha evoluído, e lá ele não está trabalhando os resultados de suas relações passadas com outros. Cada centro de consciência nesses planos está atuando dentro do seu próprio círculo; suas energias estão dirigidas para seus próprios veículos, e somente a quantidade delas que finalmente se expressa através do veículo físico age diretamente sobre os outros. Essas relações com os outros tornam complexos o seu karma no plano físico; e a forma física particular que o homem usa durante um período de vida particular deve estar adaptada para suportar esse intrincado karma. Daí a necessidade da interferência retificadora do Senhores do Karma. (...)
Consequentemente, a moldagem do corpo físico é feita por uma autoridade superior à sua; ele deve aceitar as condições de raça, nação, família, circunstâncias, exigidas por suas atividades passadas."
Annie Besant, Um Esudo sobre a Consciência, Edit. Teosófica, 2014, pg. 144/145