A MÔNADA EM AÇÃO - CONSTRUÇÃO DOS VEÍCULOS (PARTE III)

 


     " (...) Quando a Mônada, através do seu reflexo como Homem Espiritual, assume algum poder diretivo sobre os veículos, ela se encontra na posse de uma forma na qual o sistema nervoso simpático está desempenhando um papel muito grande e na qual o sistema cérebro-espinhal ainda não assumiu predominância. Ela terá de elaborar certo número de elos de conexão entre o sistema simpático que herda e os centros que deve organizar em seu corpo astral para seu futuro funcionamento independente nele. Mas antes que seja possível qualquer funcionamento independente em algum veículo superior, é preciso convertê-lo em um veículo transmissor, isto é, um veículo através do qual ela tenha acesso ao seu corpo no plano físico. Devemos distinguir entre a atuação primária da organização dos veículos mental e astral, que os capacita a serem transmissores de parte da consciência do Homem Espiritual, e o trabalho posterior de transformar esses mesmos veículos em corpos independentes nos quais a consciência possa funcionar sem o auxílio do corpo físico.
        Depois, os veículos astral e mental devem estar organizados para que o Homem Espiritual possa usar o cérebro físico e o sistema nervoso como órgão de consciência no plano físico. O impulso para isso vem do mundo físico por meio de impactos sobre as várias terminações nervosas, fazendo com que ondas de energia nervosa passem aos longo das fibras até o cérebro; essas ondas passam do cérebro denso ao etérico, daí ao astral, e do astral ao veículo mental, provocando uma resposta da consciência no corpo causal no plano mental. A consciência assim estimulada por impactos provindo do exterior dá origem a vibrações, que em resposta, fluem para baixo - do corpo causal ao mental, do mental ao astral, do astral ao físico etérico e ao denso. As ondas criam correntes elétricas no cérebro etérico, as quais agem na matéria densa das células nervosas.

Annie Besant, Um Estudo sobr a Consciência, Ed. Teosófica, pg. 145/146.