O CORPO PITUITÁRIO E A GLÂNDULA PINEAL ( conclusão)




    "Embora o centro de atividade resida nos princípios dominantes do homem, a ligação dos chakras com o corpo físico deve ser feita, como foi dito, a partir do plano físico. O objetivo dessa ligação não é tornar o veículo astral um transmissor mais eficaz das energias do Homem Espiritual ao corpo físico, mas permitir que o veículo astral esteja em pleno contato com o físico. Pode haver diferentes centros de atividade na construção de veículos transmissores, mas é necessário comecar a partir do plano físico, para trazer os resultados das atividades dos corpos funcionando em outros planos interior da consciência de vigília. Daí a grande importância da pureza física na alimentação e em outros aspectos.

    As pessoas frequentemente perguntam: como o conhecimento obtido nos planos superiores chega ao cérebro, e por que não é acompanhado pela memória das circunstâncias sob as quais foi adquirido? Qualquer um que pratique meditação regularmente sabe que muito do conhecimento que não obteve através do estudo no plano físico aparece no cérebro. De onde ele vem? Vem do plano astral ou mental, onde foi adquirido, e chega ao cérebro de maneira comum acima descrita; a consciência assimilou-o diretamente no plano mental ou chegou até ele a partir do astral, e envia para baixo ondas mentais como de costume. Pode ter sido comunicado por alguma entidade no plano superior, que atuou diretamente no corpo mental. 

    Mas as circunstâncias da comunicação podem não ser lembradas, por uma das razões ou por ambas. A maioria das pessoas não está 'desperta', como é tecnicamente denominado, nos planos astral e mental; isto é, suas faculdades estão voltadas para dentro, estão ocupadas com os processos mentais e as emoções, e não estão engajadas na obsevação dos fenômenos externos desses planos. Elas podem ser muito receptivas, e seus corpos astral e mental podem facilmente ser postos a vibrar; a vibração transporta o conhecimento que é assim obtido, mas a atenção delas não está voltada para a pessoa que está fazendo a comunicação. À medida que a evolução prossegue, as pessoas tornam-se cada vez mais receptivas nos planos astral e mental, mas não se tornam, em consequência disso, percepetivas do que há ao seu redor.

    A outra razão para a falta da memória é a ausência dos elos com o sistema simpático acima mencionados. A pessoa pode estar 'desperta' no plano astral e funcionando ativamente nele, e pode estar vividamente consciente de seus arredores. Mas se os elos entre os sitemas astral e físico não estiverem estabelecidos ou vivificados, há uma ruptura na consciência. Por mais vívida que possa ser a consciência no plano astral, até que esses elos estejam funcionando, ela não consegue trazer a memória das experiências astrais e impimi-las no cerébro físico. Além desses elos, deve haver o funcionamento ativo do corpo pituitário, que foca as vibrações astrais tal qual uma lente convergente foca os raios do Sol. Uma série de vibrações astrais é atraída e lançada sobre um ponto particular, e com as vibrações assim estabelecidas na matéria física densa, sua ulterior propagação torna-se fácil.Tudo isso é necessário para 'recordar-se'. "


 Annie Besant, Um Estudo sobre a Consciência, Ed. Teosófica, pg 150/151