A NATUREZA DA MEMÓRIA - (CONCLUSÃO)



LEMBRANÇA E ESQUECIMENTO

"Apliquemos isso a um evento em nossa vida passada. Algumas das circunstâncias 'permanecem em nossa memória', outras são 'esquecidas'. Na verdade, o evento existe com todas as circunstâncias circundantes, igualmente 'lembradas' e 'esquecidas', em apenas um estado - a memória do Logos, a Memória Universal. Qualquer um que seja capaz de se colocar em contato com essa memória pode recuperar toda a circunstância na medida de sua capacidade; os eventos pelos quais passamos não são nossos, mas fazem parte do conteúdo de Sua consciência; e o senso de propriedade que temos deles é devido apenas ao fato de que previamente havíamos vibrado com relação a eles, e portanto vibramos mais facilmente do que se estivéssesmos contatando pela primeira vez.

Podemos, no entanto, contatá-los de diferentes vestes em diferentes momentos, vivendo como vivemos  sob as condições do tempo e espaço que variam com cada veste. A parte da consciência do Logos através da qual nos movemos em nosso corpos físicos é muito mais restrita do que aquela através da qual nos movemos em nossos corpos astral e mental, e os contato através de um corpo bem organizado são muito mais vívidos do que os experienciados através de um veículo menos organizado.(...)

Então, a recuperação de qualquer coisa pela memória deve-se à eterna existência de tudo na consciência do Logos; e ele nos impôs as limitações de tempo e espaço para que possamos, pela prática, capacitar-nos a responder rapidamente, por meio de mudança na consciência, às vibrações causadas em nossos veículos pela vibrações oriundas de outros veículos similarmente animados pela consciência."

Annie Besant, Um Estudo sobre a Consciência, Ed. Teosófica, 2014, pgs. 162/165